terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Hoje não postarei nenhum capítulo  de "Os sintomas de Myle" pois não me sinto emocionalmente bem.

Amo vocês, beijos.

Você sente?



                 O sofrimento é algo opcional, certamente, mas existem algumas pessoas como eu que nunca conseguiram lidar com os fatos: escolher alguém, amar esse alguém, e ser deixado para trás como um nada, sobre nada. A saudade de viver dependente de uma coisa louca que te impulsiona sempre para o lado mais perigoso, mais arriscado, mais doloroso ao fim.

               Ser deixado é sem dúvida a dor mais intensa, seja por quem for, ou em quem dói, o que realmente quero ressaltar é o quanto dói, uma dor quase mutiladora, que permanece nos seus pensamentos por mais tempo do que você possa realmente esperar ou estimar, pois a dor da perda, é a dor do amor.

              A melhor parte sempre fica nos atormentando, são os abraços, os carinhos, os pedidos e promessas que ficam guardadas como jóias, as fugas apaixonadas que eram realizadas sem pensar apenas movidos por um único sentimento, ficar juntos.

             Esse sentimento que não obedece regras e nem sexo, cores e nem mesmo raças, é algo que acontece com todos, um dia, por mais que a pessoa não perceba o que está acontecendo, acontece da mesma maneira.Talvez agora mesmo, você deve estar lembrando de alguma coisa realmente forte que você sentiu por alguém, e pode estar chorando como eu , por causa das lembranças, ou apenas tendo um DéjaVu.

             Me desculpem, mas eu precisava compartilhar a dor de ser esquecido, por uma pessoa que eu escolhi amar.



segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Os sintomas de Myle #1

               Olá , meu nome é Myle, quer dizer, Emile, sim eu sei que você não me conhece, e que sou estranha também, tenho dezenove anos e um cabelo de sabugo.
               minha vida se baseia na rotina de toda garota de dezenove anos que trabalha durante o dia e estuda durante a noite, faz uns bicos na loja da mãe, vive com um livro enfiado na cara, e usa umas roupas comuns dessas de lojas de atacado.Não é muito comum na minha cidade ser normal, aqui as pessoas são diferentes, na pacata cidade de Retiro dos Ventos.

              Sinceramente, existem pessoas com as quais eu me relaciono bem, geralmente são pessoas bem diferentes de mim, mesmo porque não é tão difícil encontrar alguém diferente de mim, é.ontem eu estava na cafeteria,onde trabalho dois turnos, lugar maneiro, com um cheiro intoxicante resultante de um misto entre bolinhos, folhados, e capuccino, as paredes são de concreto bem pintadas de marrom com detalhes em laranja e vermelho, um lugar aconchegante que posso ler meus livros ou estudar nos intervalos dos pedidos, pra falar a verdade às vezes eu gostaria de morar lá, é maravilhoso, como estava contando...Ah, bem...tinha um casal, sentados na mesa 23, do canto esquerdo bem reservada, ao ver eles senti-me conectada mais do que instantaneamente como se conhecesse os dois, então, " plin",era a mesa deles.

               Chegando perto senti um cheiro comum, cigarro, ou sei lá qual é a substância que dá o cheiro do cigarro, vinha da moça certamente:

              -Bom dia, bem-vindos a Pão- de-céu, posso servi-los? - Disse tão rápido, quase sem sentir.

          Olá - disse a moça que bocejava nicotina - eu vou querer um Irlandês e um cookie, ok? - Anotei.

            -Eu vou querer um Árabe, e um sanduba de frango, valeu. - ele tinha um sotaque estranho e usava óculos de sombra como se estivesse de ressaca.

               -Trago em um minuto - Saí tão rápido quanto como falei.

                 Não sei por qual motivo, mas fiquei realmente curiosa sobre eles, então, sem pensar muito coloquei tudo na bandeja e levei até a mesa.

                -Com licença- fui abrindo espaço para descarregar a bandeja - Como são seus nomes? 

                -Como? - senti que a moça não era muito simpática.

                -É, Frederico e Rose, desculpe - disse ele.

               Anotei o nome na comanda e saí, tudo bem que não fosse um bom dia para ela mas não precisava ser rude.

               Sentei na beirada do balcão e abri meu livro, fingindo ler, mas fiquei olhando o movimento, mas hoje a " pãozinho"estava bem vazia na verdade, eu havia colocado revistas novas no suporte de revistas e balas no pote da freguesia e já eram nove da manhã e o pote estava cheio, ou seja, hoje seria fraco.tinha um garoto do fundamental sentado na mesa da varanda e cinco mesas ocupadas por moças que exploravam seus smartphones muito mais que rapidamente.

                 " Plin, Plin,Plin"

                As mesas 11, 15, e 23 chamaram,prontamente, atendi duas, e na terceira um aperto no peito, a moça estava chorando, não sabia como ou o que falar então me aproximei de Frederico:

                  -Pois não?

                 -Queremos a conta, sim? - a voz parecia engasgada.

              -Certamente - tirei o bloco do bolso do avental, que estava sujo de chantilly, e entreguei a nota.

              Dando-me uma nota de cinquenta reais, ele apenas disse " Pendure o troco como vale, sim?", acenando a cabeça em afirmação eu coloquei o dinheiro no bolso e olhei para Rose que por sua vez tinha um olhar desesperado por um abraço, quando ela percebeu que eu estava olhando grudou os olhos em meus cabelos e disse:

            -Se todas as coisas no mundo fossem felizes como o roxo do seu cabelo, eu não tomaria uísque no café da manhã.

                  Levantaram, e foram embora.


Sobre a série da Myle


             Caros leitores, para me redimir quanto a minha ausência, resolvi escrever uma série, de uma moça e um casal, mais precisamente uma moça, que vai contar a rotina dela , e a relação entre o café e a mesa 23.
             Caso tenham se interessado, acompanhem o blog, tentarei postar um capítulo por semana.
             Cordialmente,
                              Blog Rosa Negra.
Caríssimos,

             Venho por meio deste para me desculpar por não ter feito nenhuma publicação ou notificação sobre minha ausência , estive ocupada, peço perdão.
             Obrigada sempre, amo vocês.
                                                              Pâmela P.

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Sobre o momento, a sociedade, o sistema, e pessoas.

         Conhecer é algo lindo, é um detalhe que não fora mostrado, um sinal que não foi notado,não se sabe se é ruim ou se será a melhor coisa que poderia acontecer.
         Pessoas são injustas e nenhuma dentre todas escapa dessa acusação, mas porém, muitas trabalham sua identidade e se tornam pessoas maravilhosas, e pessoas maravilhosas são aquelas que sabem viver.
         É belo analisar os detalhes da tão vasta beleza de nossa natureza, resenhar sobre nossa sociedade conturbada, brigar pelos direitos e esquecer dos deveres, querer ser reconhecido mas não se esforçar para isso, querer destaque no que se trata de personalidade e mesmo assim não formar uma, são alguns poucos defeitos e qualidades de ser humano.
        As pessoas que reconhecem seus erros são admiráveis, e essas deveriam ser aplaudidas, pois o que reconhece um dia será reconhecido, e no caso de reconhecer um erro se baseia em saber socializar, sem mais.
        A sociedade é difícil, o sistema complica bastante, o estado não se comporta como todos querem, e nesse vai e volta nos concentramos como meros espectadores, de um ouroborus .
        Permita-se ser mais, permita-se ter mais, permita-se encontrar mais, permita-se ser social.
        A característica mais forte de um ser humano para assim ser é a vida em sociedade.
                                                                      


                                                                   Srtª Mortiça.


sexta-feira, 13 de junho de 2014

Eu me apaixonei por um idiota.

Eu me apaixonei por um idiota,
Eu não havia percebido, mas já era.
Eu sai desgovernada sem rumo 
E de repente, meu olho arde 
Ele mudou meu mundo.

Ver você não era e nem nunca foi o que eu quis,
Tudo que eu queria era esquecer
mas tudo que eu fiz, foi te querer.

E todo dia se repete o mesmo erro...

Eu me apaixonei admito, 
Olhar você é uma tortura 
E meu coração fala em um só grito,
Que você não merece me ter.

Eu me apaixonei por um idiota,
o mais peculiar entre todos 
que não me adota,
e por ele, eu choro pelos cantos.

Eu me apaixonei por um idiota 
que eu quero que me deseje 
e toda vez que eu tento
seu olhar não deixa.

Eu só quero te ter um pouco
ter pra eu amar
um quase amor descarado
me permitindo errar.

Eu me apaixonei por um idiota
E todo dia a história se repete e eu olho pela porta.
Uma vontade costumeira de te beijar.
Uma razão a mais para não te amar.

Seus olhos são como uma visão do impossível, 
entre o verde lembrar que não te terei jamais,
a calmaria de ter sido sua um dia,
e a doçura maléfica de não poder te desejar.

                                                                                  Srtª Mortiça.

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Carência

                    Ver uma pessoa partir e não poder fazer nada para mudar essa realidade é a coisa mais comum, mas, as pessoas nunca se acostumam.É absolutamente difícil dizer que se ama uma pessoa mas quando se diz com toda certeza não é amor.
                    Vivemos num grande impasse de solidão, carências, vontades sonhos, saudades, mas nada se compara a carência.
                    A carência tira as forças da pessoa, entorpece os sentidos talvez mais do que o álcool, enlouquece mais do que drogas alucinógenas, e dói mais do que saudade.São nos momentos em que estamos solitários que começamos a lembrar das coisas boas, dos momentos mais agradáveis, dos melhores beijos trocados, dos sonhos compartilhados, e começamos a nos sentir desmotivados, já não há razão para conter as lágrimas ou para sonhar com o que já se passou.
                   Mas como toda pessoa absolutamente normal, há seus dias de libertação, e nessas horas uma vodca cai muito bem, com bebidas alcoólicas a pessoa se torna mais vulnerável, frágil mesmo, sendo inevitável que se entregue ao desejo de provar de outros sentimentos em uma só noite, mas o pior vem no outro dia.
                   A saudade pode ser dolorosa, mas é muito mais confortante, chorar, sentir pelo que aconteceu é a melhor maneira de lidar.
                   Portanto não se entregue ao simples fato de que se estar  sozinho é uma coisa ruim, pois pode ser um motivo pra recomeçar, a errar, a sonhar, a compartilhar os melhores beijos.
                                                     Seja Carente.
                                                                          Srtª Mortiça.  

quinta-feira, 10 de abril de 2014

O dia em que me apaixonarei.

                       Muitas pessoas acham que qualquer que seja o sentimento que signifique algo a mais, pode significar amor, paixão, gostar, a teoria assim se define, mas na prática não é exatamente assim que ocorre, o fato  de adorar uma pessoa não quer dizer nada, quando não passar de uma relação de carinho e adoração.
                       A melhor parte de um relacionamento é quando o maior sentimento é o tesão. Quando dois corpos se desejam e se querem de verdade com um único intuito... prazer.
                      O prazer, o tesão, a companhia são muito mais importantes do que o amor, paixões as vezes surgem, mas são tão passageiras quanto uma amizade de verão.
                     
Não digo que eu não conheça sentimentos verdadeiros entre casais, mas o dia em que eu tentei me apaixonar, eu fracassei, quando disseram que estavam me amando, eu me decepcionei, então quero que todos saibam que se um  dia eu me apaixonar eu não pretendo que isso dure, me afastem disso, pois depois que tudo se acalmar eu vou agradecer-lhes por ter me livrado do dia em que me apaixonei.

                                                                                                   Srtª Mortiça

sábado, 22 de março de 2014

Você não vale meu batom


                 As pessoas falam... mas não compreendem.

                 Ninguém esteve conosco naquele dia, e ninguém tem provas, talvez uma garrafa de cerveja ou uma caixa de cigarros vazia, mas nada que comprove o que se passou.
                 Você estava com seu jeito único e inimitável, e desse jeito você se tornou amável para mim, sem mais, só por idiota que sou, e nunca vou saber explicar o que exatamente eu vi de bom em você.
                 É você só por ser, foi quando te vi, foi quando te espionava, foi quando falei com você, eu não sei, e espero não descobrir.
                Não espero que você goste, ou me queira, não espero nada, mas queria apenas mais vezes, mais momentos, não quero que se apaixone por mim, como está hoje, está maravilhoso. Se não estivesse bom, eu não iria almejar mais encontros.
                Já bebi, fumei, chorei, acordei, e respirei saudades, e a única coisa que ganhei foi um cumprimento cordial, como nada para nada. Sua jornada em relacionamentos me diz que você não merece um ponto de confiança, e eu continuo te querendo, querendo que borre meu batom, que misture o verde dos teus olhos com o verde dos meus, que elogie meu cabelo mal penteado, meu corpo desconfigurado.
               Admita, nós não merecemos ficar juntos, mas deveríamos.
               Preciso de mais motivos pra desistir de você, não é insistência, e sim desejo, sei que você não me quer, e eu te quero menos ainda, mas nos desejamos.
              Você não vale minha atenção, não vale minhas lágrimas, não vale nem meu batom.
                                                                            Srtª Mortiça.




terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

A inspiração

             Tão perfeita e ao mesmo tempo tão rara.
             Como poderíamos descrever algo que nem mesmo sabemos quando sentimos e por que sentimos, vem do nada e desaparece antes mesmo que possamos expressá-la, é característica de coisas que não temos sucesso para conjurar, nem mesmo formular.
            Nunca consigo inspiração suficiente para terminar um livro que escrevo há aproximadamente um ano, para mais ou para menos, os dias com chuva ou sem chuva já não são motivos tão fortes para que eu me sinta envolvida para resumir em rascunhos desorganizados a imaginação que resolveu se misturar com a fantasia do mundo que vivemos e se transformar em contos e histórias.
           Certas vezes fico imaginando como se sentem os grandes escritores, ou até mesmo aqueles que não são tão grandiosos mas produzem maravilhosos feitos, se eles conseguem driblar o natural e encontrar a inspiração quando precisam dela, e não ficar dependendo do momento em que sua ilustríssima imaginação convoque a inspiração.
           Muitos dizem que escrever é um dom que nasce consigo e não é uma coisa que se aprende, certamente, mas é possível que cada um procure dentro de si o espírito da inspiração e conjure a imaginação, pois creio que nesse dia teremos mais mentes brilhantes e bocas que falam preciosidades ao nosso redor.
           Reverenciando a inspiração posso dizer que nada pode ser mais incrível do que sua presença em minha pessoa, e que quando sinto sua chegada...
            Certamente o mundo não é mais o mesmo.
                                                                                             Refletindo
                                                                             Srtª Mortiça.


quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

A liberdade em minhas mãos se desenhava.


                          Jamais estive tão feliz em acordar, jamais ouvi o som do vento e dos pássaros tão  nitidamente, o dia estava tão ridiculamente lindo e as coisas pareciam ter sentido. Mas como a vida não é como desejamos, ao olhar para o meu lado na cama tinha um ser humano desprezível e nojento, roncando e fazendo sons estranhos, me irritando só pelo fato de existir ali, naquela hora.
                         Levantei-me tranquilamente, como se tudo fosse ótimo, resolvi não preparar o café da  manhã dele, e realizei minha vontade de tomar chá com leite quente, escorada no balcão da cozinha eu tomei a bebida quente, enquanto o porco do meu marido acordava, eu terminei e comecei a lavar a xícara, então ele passa e me pergunta onde estaria o seu café, e eu simplesmente digo que provavelmente estaria na geladeira pronto para ser feito.
                        Como imaginei que seria, ele me pegou pelo pescoço fazendo com que eu perdesse quase todo meu ar, e disse que eu deveria respeitá-lo, então um filme passou em minha cabeça, lembrei que em nenhum dia depois que me casei eu fui feliz, eu tive direito de fazer coisas diferentes, de conversar com alguém que não fosse o porco imundo do meu marido, ele sempre batia em mim, nunca me deu um beijo que não fosse quando bêbado e ainda seguido de puxões e tapas com muita raiva me machucando e me forçando a ter uma relação indesejada com uma pessoa que eu aprendi a odiar.
                         Olhei para o relógio e pensei que faltavam duas horas para minha filha chegar da escola, então uma faca de cortar pão apareceu em meu campo de visão como algo libertador e em um segundo a garganta do meu falecido porco imundo marido já estava com um corte fundo que latejava litros de sangue em mim, em minhas mãos, em meus braços.Fiquei horas sentada no chão gritando e chorando, quando de repente minha filha entra pela porta da cozinha, e corre para me abraçar, nesse momento faço meu pedido de libertação:
                        -Quero que se lembre de tudo que já passamos vivendo com seu pai, nada e nunca nos deu motivo para sermos felizes juntos, você sempre foi chamada de bastarda mesmo todo  mundo sabendo que eu jamais trairia ele, e eu sempre fui tratada como uma prostituta velha, então não quero que me julgue e nem faça muitas perguntas, mas com o tempo algumas pessoas se cansam de viver nas piores condições, isso foi um acidente, que revelou minha liberdade e a sua felicidade, quero que saiba...
                           Quando o sangue dele começou a derramar devido ao corte, eu senti que A LIBERDADE EM MINHAS MÃOS SE DESENHAVA.

                                             É tempo de dramas, Autoria de Pâmela Pacheco 
                                                                                     Srtª Mortiça...

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Lembrando (Y)

          Passo aqui para agradecer a todos meus leitores pelo apoio e divulgação, e que tenham compreensão pois tenho tido muitos compromissos, mas  em poucos dias voltarei a postar com mais frequência. 
                                                            Att,   
                                                                      Srtª Mortiça

sábado, 11 de janeiro de 2014

No que você se sustenta?

               Hoje parei para pensar,supostamente, nos atos que andei cometendo e descobri que me sustento em não me sustentar, sinto que não há sentido nisso que irei dizer, mas o que envolvo em minhas lágrimas não são apenas lembranças.
               Há muitos anos não sei quais são meus medos, desconheço o desespero, me acostumei com a dor, já não faz mais diferença se os dias são curtos ou longos, se há ou não brigas e desavenças, o que importa além de tudo é a morte.Ela sem dúvidas é uma das Deusas de piores manhas malignas, é a rainha dos trocadilhos e reconhece muito bem seus dons,inúmeros, que nos levam a não perceber o passar de nossos dias, comandados pelo nosso medo de morrer.
              Tento ser significativa quando menciono minhas crenças, meus apelos anti- religião, pois no fim de tudo eu queria apenas mostrar o quão difícil é contornar a maior das Deusas, as ameaças, desconhecendo a palavra medo.
               Certamente  nada me surpreende, não tenho religião e não acredito em quase nada do subentendido, tenho críticas nos pensamentos e ventos nos pés.
               Meu clamor vai além, a perda é um dos meus medos quase concretos, o outro é a Deusa, que não amedronta meus aposentos, mas ameaça levar meus amores, não temo a morte, temo seus poderes, que não me levaram pelo poder dos 3, mas, que levaram os meus amores num piscar de olhos.Eu carrego minhas opiniões em cadernos de couro, escrevo as mágoas em folhas velhas, mas digo que meu sonho é utopia verdadeira, me sustento e clamo...
                                                       Em que devo me sustentar?
         
                                                                             Srtª Mortiça...

Mundo dos normais

                   Conheci uma cidade engraçada, curiosa, sem medo, sem lágrimas,sem problemas, sem ladrões, sem prostitutas, sem pessoas de poder.Um lugar sem maldade onde garotas de 18 anos ainda não possuem namorados, e as de 13  brincam de boneca.
                  O mais engraçado da cidade são os moradores, a inocência  das mulheres, a normalidade e tranquilidade dos homens e o equilíbrio dos jovens, a formação perfeita das famílias. as mulheres daqui não são maliciosas, elas ainda pensam em casamento, ainda sonham que todo casamento traz felicidade, e que criar os filhos é tão fácil e que a vida tem muito a oferecer.Os homens não apreciam luxúria, assim como as mulheres pensam em um feliz matrimônio, e após esse sonho acontecer eles não se iludem nas noites com luzes avermelhadas e mulheres quentes.
                 As moças de diversas personalidades todas de cabelos retos, sem franjas, sem estilo, sem cor, quem é loira é loira, quem é morena e ruiva assim será, suas lindas peles não conhecem o poder da maquiagem e seus corpos tão belos também não conheceram peças decotadas.
               Essa cidade tem grandes chances de existir, talvez eu já tenha morado lá ou dado uma passadinha, mas com certeza não me encaixaria bem por lá, apesar de muitos que lá se infiltraram tenham meu estilo, eu posso dizer que é complicado apreciar mudanças e gostar de ser autentico.
               Talvez um dia vocês se deparem com esse lugar que com certeza não é um sonho, é uma cidade, e não há maldade.
                       HAHAHA, por lá há somente minha presença que é notada a todo momento.
                                                                       

                                                                                         Srtª Mortiça...