Como todos sabem nem sempre os nossos sonhos se realizam,
mas quando sonhamos coisas as quais nos amedrontamos, nós queremos nos afastar
dessas lembranças.
Acordei cedo como de costume, me vesti, me alimentei
rapidamente, entrei no carro suspirei algumas vezes para ter certeza de que eu
estava viva mas com toda certeza eu não estava exatamente “bem”, os sons da
cidade são enjoativos, luzes que piscam demais, e desviam a atenção de qualquer
pessoa normal, mas para quem estava no seu pior dia, isso seria motivo de
irritação extrema.
Chegando ao trabalho tudo possui
barulhos completamente irritantes, a caneta rolando da mesa, o telefone tocando
sem parar, ruídos estressantes, 12h00min, enfim havia acabado, chego em casa...
Vizinhos.
E assim se sucedeu o dia, barulhos
irritantes, pessoas que imploravam por um tiro na cabeça, e gritos da
vizinhança, minha cabeça cansada já estavam pedindo um pouco de descanso,
talvez eu não consiga terminar essa história, mas com certeza, resumirei para
todos que talvez queiram saber o fim.
Naquela noite quando cheguei em
casa, meus ouvidos já não suportavam mais os sons da cidade, minha boca estava
seca de ódio, e minha cabeça não suportava mais enxergar a luz das lâmpadas,
então entrei no banho, me preparei para uma conturbada noite de sono, como de
costume, peguei uns antidepressivos no armário, e juro...
Eu não cortei os pulsos, nem mesmo me enforquei não me
machuquei nem mutilei, mas há tempos eu queria ser livre, alma livre, sem
dores, remorsos e pesadelos, naquela noite barulhenta eu consegui, meus motivos
foram concretos e espero que não me julguem, minha família demorará até mesmo
para sentir minha falta, mas quero deixar explicado que meus motivos foram
fantasmas que falaram nos meus ouvidos:
- Está noite você descansará.É tempo de dramas, Autoria de Pâmela Pacheco
Srtª Mortiça..